Infraero tem 72 horas para explicar obras sem licitação em Guarulhos ‎

A Justiça federal deu 72 horas para que a Infraero explique o caráter de urgência dado às obras de um terminal no aeroporto internacional de São Paulo, na cidade de Guarulhos. Não houve licitação.

Uma nova sala de embarque para aumentar a capacidade do aeroporto de Guarulhos. Como fica longe e exige que os passageiros peguem ônibus para embarcar, o apelido é “puxadinho”. Já funciona em Brasília, Florianópolis e, desde a semana passada, no aeroporto de Viracopos, em São Paulo.

“Eu acho que é isso que nós temos que caminhar. Terminais de passageiros simples, modernos e baratos, e não terminais muito avançados como tínhamos no passado”, justificou o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.

O governo pretende também dar asas à iniciativa privada. Segundo o engenheiro Jorge Leal Medeiros, especialista em transportes da USP, só assim para resolver o caos.

“Gente que quer participar, tem. Agora o governo tem que definir o que ele quer. Ele está demorando muito a dar essa resposta”, disse o especialista.





Em Guarulhos, além de dois terminais e do acesso inaugurado nesta quarta-feira (31), começaram as obras para um terceiro terminal de passageiros.

A empreiteira responsável pela obra de R$ 85 milhões foi contratada sem licitação. O argumento da Infraero é que há pressa para atender a demanda cada vez maior de passageiros no aeroporto de Guarulhos. Mas o Ministério Público federal quer a interrupção da obra, uma licitação e só depois a construção do novo terminal.

Nesta quarta a Infraero recebeu uma intimação da Justiça e tem agora 72 horas para se explicar.

“Nos últimos anos a demanda cresceu. A urgência é agora. Não dava tempo de fazer licitação”, defendeu o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.

“Se esse argumento for aceito para justificar a existência de licitação, nunca mais haverá licitação no Brasil”, afirmou o procurador federal Matheus Baraldi Magnani.

Fonte: Jornal Floripa





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