O governador Geraldo Alckmin (PSDB) encaminhou à Assembleia Legislativa de São Paulo pedido de autorização para obtenção de um empréstimo de R$ 382,6 milhões junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para execução do projeto “Sistema de macrodrenagem do Rio Baquirivu-Guaçu”, em Guarulhos, na Grande São Paulo, pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE).
O governo pretende investir o dinheiro todo em preservação e recuperação de várzeas, com obras de canalização, implantação de parque linear, reservatórios de retenção e barragens. O custo total do projeto foi estimado em R$ 384, 9 milhões e o governo estadual vai entrar com contrapartida de R$ 2,3 milhões. O prazo de execução da obra é de cinco anos.
O governo estadual precisa de autorização legislativa para contrair a dívida e prestar contragarantia à União. O objetivo da obra é conter enchentes em bairros próximos ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, mas segundo a justificativa o empreendimento pode evitar cheias em toda a Região Metropolitana de São Paulo.
As áreas contempladas pelo programa receberam prioridade por apresentarem problemas recorrentes de cheias. O governo argumenta que são áreas próximas ao Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, principal via de acesso aéreo à cidade de São Paulo e ao Brasil, “ganhando contornos particularmente estratégicos diante da proximidade de grandes eventos, entre os quais destacam-se a Copa do Mundo FIFA de 2014, que terá a sua abertura na cidade de São Paulo. ”
Segundo os técnicos, a implantação do aeroporto modificou sensivelmente a drenagem do rio e transformou o escoamento do rio Baquirivu-Guaçu, de um regime de baixa para um regime de alta velocidade.
Além disso, segundo o governo, a ocupação das margens do rio ocasionaram aumento do volume e da frequência das cheias, fato agravado pela baixa capacidade da calha do rio.
O pacote de obras prevê ampliação do Canal do Rio Baquirivu-Guaçu e implantação do Parque Linear, construção de lago de retenção na Foz do Córrego Cachoeirinha, construção de lago de retenção na foz dos córregos Água Suja e Tanque Grande, ampliação da foz do Córrego Cocho e a construção de reservatórios de 700 mil m³, 1,1 milhão de m³ e 225 mil m³.
Fonte: G1