Guarulhos: capacidade de aeroporto cresce 21% com novo terminal

O novo terminal do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), inaugurado nesta quarta-feira, vai ampliar a capacidade do aeroporto de 25,9 milhões de passageiros ao ano para 31,4 milhões – uma ampliação de 21%. O terminal 4, que apenas realizará embarques e desembarques domésticos, conta com área de 11,2 mil m², estacionamento para 790 vagas distribuídas em dois bolsões. O investimento foi de R$ 85,7 milhões.

O estacionamento custará R$ 9, a primeira hora, R$ 13, entre uma e duas horas, e a partir da terceira hora o valor é de R$ 2,50 por hora. O aeroporto também disponibilizará dois bolsões de longa permanência, com custo diferenciado e translado por meio de vans gratuitas. O valor para permanência de cinco horas será de R$ 12, para 8 horas, R$ 17, e para 24 horas, R$ 25.

Inicialmente, apenas a Webjet vai operar no local, com cerca de 50 voos diários, entre chegadas e partidas. O terminal conta ainda com 34 balcões de check-in, nove portões de embarque, sistema de inspeção de bagagem de mão (com equipamento de raio-x), esteira de bagagem no desembarque, sistema de TV de vigilância, sistema informativo de voo, som digital, controle de acesso, elevadores, lojas e serviços, lanchonete, serviços de táxi e ônibus urbano,além de caixas eletrônicos e telefones públicos.

Para os passageiros, será disponibilizada internet sem fio gratuita por 15 minutos. No primeiro dia de funcionamento, apenas uma revistaria e uma cafeteria estavam funcionando no local. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) oferecerá gratuitamente aos consumidores um ônibus que irá percorrer os demais terminais.

Leilão
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou na segunda-feira um leilão para transferir ao setor privado a exploração de três terminais aéreos internacionais: o de Cumbica, em Guarulhos, o de Viracopos, em Campinas e o Juscelino Kubitschek, em Brasília. O aeroporto de Brasília foi o que teve o maior valor acima da oferta mínima exigida pelo governo. O consórcio Inframerica Aeroportos levou a concessão na capital federal com a oferta de R$ 4,5 bilhões, ante preço mínimo de R$ 582 milhões – um ágio de 673%.





O consórcio formado por Invepar, OAS e a sul-africana ACSA, apresentou a melhor oferta econômica pela concessão do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), no valor de R$ 16,2 bilhões, com ágio de 375% sobre o preço mínimo de R$ 3,4 bilhões. Já o consórcio que inclui a Triunfo Participações e a francesa Egis Airport Operation fez a proposta financeira mais elevada pelo aeroporto de Viracopos (SP), de R$ 3,8 bilhões. O preço mínimo era de R$ 1,47 bilhão – um ágio de 159%. Os três aeroportos respondem, conjuntamente, pela movimentação de 30% dos passageiros, 57% da carga e 19% das aeronaves do sistema brasileiro.

Investimentos
Até o final da concessão de cada aeroporto estão previstos investimentos da ordem de R$ 4,6 bilhões em Guarulhos, R$ 8,7 bilhões em Viracopos e R$ 2,8 bilhões em Brasília. Os três aeroportos têm prazo de concessão diferentes. São 20 anos para Guarulhos, 25 anos para Brasília e 30 anos para Viracopos. Além da outorga, os concessionários terão que ceder um percentual da receita bruta ao governo, dinheiro que irá para um fundo cujos recursos serão destinados ao fomento da aviação regional. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar até 80% do investimento total previsto no edital do leilão para os três aeroportos.

Copa 2014
As concessionárias também têm investimentos mínimos estabelecidos para obras concluídas até a Copa de 2014. Para Brasília, estão previstos R$ 626,5 milhões, que devem ir para um novo terminal de passageiros para pelo menos dois milhões de pessoas por ano. Em Viracopos, a vencedora do leilão terá que colocar R$ 873 milhões, incluindo um terminal para 5,5 milhões de passageiros por ano. Já em Cumbica, a empresa deverá construir um terminal para sete milhões e fazer investimento de R$ 1,38 bilhão. Além disso, estão previstas obras de ampliação de pistas, pátios, estacionamentos, vias de acesso. Os contratos assinados determinam o estabelecimento de padrões internacionais de qualidade de serviço.

O que muda na operação
– A estatal Infraero é responsável pela operação dos aeroportos no Brasil
– Agora, nos aeroportos concedidos, a Infraero será sócia dos concessionários privados, com participação de 49%
– A partir do contrato, haverá um período de transição de seis meses no qual a concessionária administrará o aeroporto em conjunto com a Infraero. Após esse período, que pode ser prorrogado por mais seis meses, o novo controlador assume o controle das operações do aeroporto
– A Infraero continuará operando 63 aeroportos no País, responsáveis pela movimentação de cerca de 67% do total de passageiros

Fonte: Porta Terra





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