Guarulhos: Professores criticam concurso do Estado para preencher 10 mil vagas

O concurso para preencher cerca de 10 mil vagas de professor na rede estadual está em andamento, mas tanto a entidade que reúne os mestres quanto candidatos, individualmente, contestam vários aspectos do processo seletivo. A Secretaria Estadual de Educação está em pé de guerra com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) há bastante tempo e a última greve, realizada no primeiro semestre, apenas acirrou os ânimos de lado a lado. Dentro desse clima, o governo estadual se recusa a comentar as críticas da entidade, que são muitas.

De acordo com a Apeoesp, cerca da metade dos 200 mil professores da rede estadual de ensino não é concursada.

“Trata-se de uma situação insustentável”, segundo o Eric Nunes, coordenador da entidade na região de Guarulhos, que gostaria de ver mais vagas sendo abertas para, ao menos, reduzir ao déficit.

“São milhares de candidatos da região, mas o quadro é idêntico em todo o Estado de São Paulo. Os professores, mesmo depois de aprovados no exame preliminar, têm de fazer um curso que acaba absorvendo muitas horas, sendo que a maioria leciona. Fora isso, terão de passar por outro teste e, se aprovados, passar 3 anos em regime probatório”, explica.





Na capital, onde funciona o núcleo central da Apeoesp, existem ações individuais e coletivas junto ao Ministério Público questionando a legitimidade o concurso.

Maria Isabel Vergueiro é uma das candidatas que recorreram ao MP por encontrar falhas em todo o processo seletivo, desde o edital. “Cláusulas do edital foram alteradas ao longo do processo, antecipando etapas, como a sessão de escolha de vagas e perícia médica, que deveriam ser cumpridas somente após a realização da última fase do concurso, no Curso de Formação e prova eliminatória prevista para ocorrer em dia 19.

O Curso de Formação, embora seja remunerado, é insuficiente para uma melhor qualificação do professorado. Onera-se o Estado e não se beneficia o sistema educacional.”

Isabel tem posição semelhante à da Apeoesp, que também vê com preocupação o convênio entre a secretaria da Educação e o Iamspe (hospital do Servidor) para realização de todos os exames médicos pedidos. O cronograma de atendimento ainda não foi publicado. Quem já utilizou instituições de saúde da rede privada será ressarcido, promete o governo, só que apenas se aprovado e tendo tomado posse, com limite de custo equivalente ao do setor público.

Fonte: Olhão





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