No aeroporto de Guarulhos, adesão à greve é de 80%, estima sindicato

A adesão à greve dos funcionários da Infraero no aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica) é de cerca de 80%, segundo José Carlos Domingos, diretor da base Guarulhos do Sindicato Nacional dos Aeroportuários.

O diretor da base Guarulhos estima ainda que, em Brasília, 60% dos funcionários aderiram à paralisação.

De acordo com ele, a situação mais crítica seria em Campinas (Viracopos), onde 100% dos trabalhadores da Infraero aderiram à greve de 48 horas para protestar contra a concessão desses três aeroportos para a iniciativa privada, segundo Domingos. “Estamos aguardando um posicionamento do governo para saber se a greve será mantida ou suspensa”, disse Domingos.

De acordo com a Infraero, no entanto, a adesão está entre 25% e 30% nos três aeroportos. Segundo diretor de administração da Infraero, José Eirado, houve alguns problemas no transporte de cargas em Campinas, mas os aeroportos estão operando normalmente.

‘Não houve aumento nem no número de atrasos nem nos cancelamentos. O índice está até menor que o da quinta-feira passada”, disse o diretor ao G1. Segundo ele, apesar da paralisação em Viracopos, todas as cargas de perecíveis estão sendo transportadas normalmente.

A greve de 48 horas foi iniciada à 0h desta quinta-feira (20)  pelos  funcionários da Infraero nos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas, em manifestação contra os planos do governo federal de privatizar os terminais brasileiros.

O superintendente da Infraero no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, disse na manhã desta quinta que há cerca de 800 toneladas de cargas paradas no aeroporto em decorrência da greve de funcionários. A previsão do do sindicato dos trabalhadores, era de que o transporte de 690 toneladas deverá ficar paralisado.

Ainda conforme o sindicato, há apenas sete funcionários trabalhando no terminal de cargas de Viracopos, o maior do país e que, normalmente, conta com 85 trabalhadores por turno (são 4 turnos por dia).

Enquanto a situação era complicada no terminal de cargas, para os passageiros não havia reflexos. Tanto o embarque quanto o desembarque ocorriam sem problemas. Os voos partiam dentro dos horários previstos, com atrasos e cancelamentos dentro do previsto.





Nos outros dois aeroportos, de Brasília e Guarulhos, os passageiros também embarcavam sem problemas.

A Infraero confirmou que o plano de contingência consegue, no começo da operação, evitar transtornos para passageiros.

Em Guarulhos, das 45 partidas previstas da 0h até 7h, foram registrados dois atrasos e quatro cancelamentos.

Também na capital federal e em Campinas, os primeiros voos cumpriram o horário previsto.

Protestos
Em Brasília, um carro de som dos sindicalistas foi posicionado na plataforma de desembarque desde a meia-noite.

De acordo com o diretor nacional de saúde do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Barros, 70% dos 30 funcionários do turno das 23h às 7h aderiram à paralisaçãono aeroporto da capital do país.

“A partir das 8h, quando o movimento no aeroporto se inicia, será possível sentir a paralisação”, diz Barros. A categoria promete paralisar todas as atividades de responsabilidade dos aeroportuários.

A primeira decolagem do aeroporto Juscelino Kubitschek nesta quinta-feira ocorreu às 5h02, com destino ao Rio de Janeiro. Durante o dia, 119 voos deixam a capital e 110 chegam.

São Paulo
A greve começou com manifestação em frente ao setor de desembarque no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. De acordo com Francisco Lemos, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), entre 1.400 e 1.500 dos cerca de 2.000 funcionários das áreas de operações, segurança aeroportuária, terminais de cargas e passageiros e programação de voos de Cumbica aderiram à greve, e serão mantidas apenas 30% da atividades essenciais do aeroporto.

Ele estima que, durante a madrugada, 80% dos funcionários tenham cruzado os braços. Durante o dia, diz o sindicalista, entre 20% e 30% dos trabalhadores devem manter os serviços.

Ainda de acordo com o sindicato, o embarque de medicamentos, produtos perecíveis e alimentos está mantido no terminal de cargas. Entretanto, a operação de embarque que demora, normalmente, de três a quatro horas está se estendendo por cinco horas. A Infraero informou às 9h que a situação era normal e que não havia balanço de serviços afetados.

Fonte: G1





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