Pais vão à polícia após filho receber mordidas em escola de Guarulhos

Um menino de 2 anos teve diversos ferimentos no corpo após receber nove mordidas em uma escola particular em Guarulhos, na Grande São Paulo, na quarta-feira (29), segundo a família da criança. A técnica de enfermagem Juliana Pereira de Sousa, mãe do menino, foi até o 1° Distrito Policial da cidade para prestar queixa contra o Colégio Papiro.

De acordo com a mãe, o garoto chegou à escola por volta das 13h. No fim da tarde, ela percebeu que o transporte escolar responsável por ele estava demorando para chegar. Ela, então, ligou para o motorista e diz ter sido informada que a escola não havia liberado a criança.

O G1 entrou em contato com o Colégio Papiro na tarde de sexta-feira (31) e até o início da tarde desta segunda-feira (3) não obteve retorno da direção da escola sobre o caso.

“Eu liguei para a escola e eles me pediram para ir até lá. Depois eles ligaram para o meu marido e disseram que meu filho estava bem, mas estava no hospital”, disse a técnica de enfermagem ao G1. Os pais foram até o Hospital Geral de Guarulhos e localizaram o menino por volta das 18h30, com diversos hematomas.





O boletim de ocorrência foi registrado por volta das 23h. Nele, consta que a vítima recebeu mordidas nos braços, no rosto e nas costas. De acordo com Viviane Vasconcelos, advogada da família, uma das mordidas chegou a arrancar um pedaço da orelha do garoto.

“A gente confiou na escola, escolheu por ele em uma particular para ter mais segurança e acontece isso”, disse a mãe. Segundo a família, a diretora da escola afirmou que o menino ficou cerca de dez minutos sozinho, logo após ter chegado ao local, e foi mordido por outra criança, também de 2 anos. “Eu não acredito muito nisso, olhando para os ferimentos, eu só posso acreditar que foi ou uma criança mais velha ou mais de uma”, disse Juliana Sousa.

A família agora pretende abrir um processo contra a instituição. “Além dos ferimentos, meu filho agora está muito abalado. Ele sempre foi muito dócil, mas agora estranha todo mundo, está agressivo, receoso”, conta a mãe. “Até para gente cuidar dele, tocar nele, trocar roupa, fralda está difícil”, completou.

Segundo a advogada da família, um processo será aberto na Justiça, com o objetivo de se obter uma “indenização de cunho sancionatório, para que situações de descaso e abandono de menor como esse não voltem a acontecer”. A polícia investiga o caso.

Fonte: G1





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