Polícia cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão em Guarulhos

A Polícia Civil realiza uma operação para deter integrantes de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios de São Paulo desde o início da manhã desta sexta-feira (2). Os policiais tentam cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Ribeirão Pires, Mauá, Santo André, Diadema, Guarulhos, Itanhaém e Praia Grande. A ação acontece também em Pouso Alegre (MG) e em cidades do Mato Grosso.

De acordo com a Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes (Dise), de São Bernardo do Campo, no ABC, foram expedidos pela Justiça 38 mandados de prisão temporária e 81 de busca e apreensão. Alguns suspeitos já foram detidos, mas a polícia ainda não confirmava o número até as 9h.  Os detidos estão sendo encaminhados para a sede da Dise em São Bernardo do Campo.

A operação acontece após seis meses de investigação. A Polícia Civil conseguiu identificar as principais lideranças da quadrilha por meio de interceptações telefônicas.





A principal prática do grupo é o tráfico de drogas em diferentes regiões de São Paulo. Grande parte da droga – principalmente maconha – comercializada pela facção é adquirida no Paraguai. O transporte é feito por caminhões. Os responsáveis pelo transporte dos entorpecentes ficam refugiados no Paraguai, em uma fazenda cujo proprietário é um grande produtor. Veículos brasileiros de modelos variados são usados para pagar o entorpecente, segundo a polícia.

As investigações mostram que, em cada região do estado, existe um titular para cada posto que é cobrado diariamente para se manter no domínio do tráfico. Eles cometem crimes com o objetivo de arrecadar dinheiro para a facção – o chamado “batismo”.

Segundo a Dise, a arrecadação do dinheiro é realizada mensalmente por todos os integrantes da facção, independente de estar preso ou em liberdade com o objetivo de manter a estrutura da organização criminosa. A “cebola” ou “caixa” de R$ 850 deve ser pagar mensalmente pelos criminosos.

Rifa do tráfico
As investigações apontam ainda que todos os integrantes da organização precisam adquirir um talão de uma rifa de R$ 650. Os áudios monitorados mostram que a rifa conseguiu arrecadar em oito regiões no estado R$ 605 mil. Se houver pendência no pagamento mensal de qualquer taxa, o integrante da quadrilha fica sujeito a penas e pode até ser morto.

Fonte: G1





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