Prefeitura de Guarulhos inicia programa de estímulo à agricultura urbana

Com o objetivo de apontar os benefícios do cultivo orgânico dos alimentos, os alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a equipe do Programa Agricultura Urbana, da Coordenadoria do Fundo Social de Solidariedade, deram nesta quinta-feira (14) uma aula prática aos agricultores guarulhenses sobre como fazer a transição do cultivo tradicional à base de agrotóxicos para a prática mais saudável.

A ação faz parte de um convênio firmado pelo Fundo Social de Solidariedade com a instituição e visa elaborar, em sua primeira fase, um diagnóstico da agricultura de guia da cidade Guarulhos. Posteriormente, oferecerá capacitação e apoio técnico com o objetivo de estimular a produção de alimentos, apoiados no princípio do uso racional dos recursos naturais.

A atividade realizada em uma área rural localiza próxima à Estrada Itaberaba, no Residencial Bambi, foi dividida em três ações iniciais para a implantação de um espaço de manejo orgânico. A primeira foi o plantio de quebra-ventos, que é uma técnica que utiliza certos tipos de plantas como barreiras para proteger a área das pragas e das derivas de agrotóxicos que permeiam o ar. A segunda foi a compostagem, que é fermentação de diversas matérias orgânicas, como estrume, folhas, capins e restos de podas, transformando-as num material que se chama composto e que pode ser utilizado como adubo.





Este processo melhora a estrutura e condimenta o solo, reduz a necessidade de herbicidas e pesticidas devido à presença de fungicidas naturais e micro-organismos, e aumenta a retenção de água pelo solo. E a terceira foi a realização do policultivo com a plantação de 16 espécies de hortaliças como jiló, cenoura, salsa, rabanete, berinjela.

Segundo o agrônomo e mestrando em agroecologia, Paulo Henrique de Lima, que faz parte da equipe da UFSCar, o policultivo é importante, pois diversifica a renda do produtor, já que utiliza o máximo que uma área pode dar em termos de produtividade. Produtor há quinze anos, Germano Ap. Santos, não conhecia as práticas tradicionais, que outrora foi muito utilizada por agricultores. “O veneno é caro, nós gastamos muito com o uso dele, além disso conheço pessoas que ficaram doentes por utilizá-lo por muito tempo. Hoje aprendi só técnicas naturais inclusive para o adubo. Pretendo utilizá-las em toda área que cultivo”, concluiu.

O Programa Agricultura Urbana, Periurbana e Familiar (AUPF) proporcionará ao produtor familiar do município subsídios para migrar do sistema agrícola convencional (utilização de agrotóxicos para cultivo das hortaliças) para o sistema agroecológico, que respeita as relações com o meio ambiente, incrementando a produção através de técnicas naturais. Para tanto, vai capacitar, treinar e dar assistência gratuita, além de acompanhar a plantação, distribuição, comercialização e consumo de gêneros do setor.

Fonte: Prefeitura de Guarulhos





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