Os três homens suspeitos de furtar estepes de carros no estacionamento do aeroporto de Cumbica, em guia de Guarulhos, na Grande São Paulo, se passavam por passageiros para não chamar a atenção dos seguranças. O trio foi preso após ser flagrado por câmeras do circuito interno.
Segundo a polícia, os criminosos andavam pelo estacionamento bem arrumados, às vezes de terno, e entravam e saíam sem chamar a atenção. Os furtos começaram em setembro e se tornaram frequentes. A média registrada foi de vinte casos por mês.
Câmeras registraram a ação dos ladrões em pelo menos dois casos. No primeiro, dois homens são flagrados retirando os estepes no estacionamento, que diariamente recebe cerca de 10 mil veículos.
A polícia é acionada e começa uma perseguição. Os suspeitos correm em direção a uma das saídas e atravessam com o veículo uma cancela, destruindo-a. A dupla acabou presa em seguida, em uma estrada perto do aeroporto. No carro em que estavam foram descobertos três estepes.
No fim do mês passado, outro crime foi registrado. O homem pega uma ferramenta e escolhe um carro para abrir. Após forçar a fechadura, abre o porta-malas e furta o espete, mas desiste de levá-lo após se assustar com o movimento de passageiros e de um segurança que passa de moto. Antes de ir embora ele joga a ferramenta debaixo do carro e começa a fugir.
O vigia da saída já tinha sido avisado, mas não consegue parar o carro do suspeito que, mesmo perseguido pelas motos da segurança, passa pelo bloqueio e foge. O suspeito foi reconhecido e detido, mas responde em liberdade por não ter sido preso em flagrante.
Segundo o delegado Ricardo Guanaes, a polícia agora pretende “identificar quem são os compradores desses estepes”. Ainda de acordo com o policial, lojas que vendem autopeças serão investigadas.
A Infraero, estatal responsável pela administração do aeroporto, informou que para cuidar do estacionamento contratou uma empresa que disponibiliza funcionários em moto para circular entre os carros. Esses vigias podem acionar a polícia do aeroporto em caso de irregularidades.
Fonte: G1