Guarulhos: Africanos ingerem cocaína e são presos no acesso a Cumbica

Onze africanos e um caribenho foram presos a caminho do aeroporto internacional de Guarulhos (Grande SP) com cerca de 22 kg de cocaína, no total, nos estômagos, segundo policiais da Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes). A prisão ocorreu na tarde de sexta-feira (22), mas os suspeitos só deixaram o hospital no domingo. Dez deles eram da Nigéria e um de Trinidad e Tobago.

Segundo o agente policial da Dise, Carlos Pereira da Silva, o grupo vinha sendo investigado havia quase um mês. A polícia montou um bloqueio na sexta-feira na rodovia Hélio Smidt –que dá acesso ao aeroporto–, das 12h às 15h, e interceptou os táxis que levavam os estrangeiros.

Cada um deles tinha ingerido de 60 a 100 cápsulas de cocaína. Juntos, segundo a polícia, eles transportavam em torno de 22 kg da droga. Onze deles ficaram internados no Hospital Geral de Guarulhos até ontem, quando terminaram de expelir as cápsulas. Ao todo, foram encontradas 799 cápsulas cheias da droga.





Apenas um dos suspeitos não levava a substância no estômago, mas em toalhas engomadas com a droga, dentro da mala, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

Todos foram levados à cadeia de Guarulhos e aguardam vagas no Centro de Detenção Provisória da cidade.

Segundo a SSP, os estrangeiros vieram ao Brasil para atuar como “mulas” –fazer o transporte da droga para outros países. Um deles disse que recebeu US$ 5.000 pelo trabalho. Eles pegariam voos diferentes para várias capitais africanas, a maioria para Luanda, em Angola. O destino final dos entorpecentes, contudo, era provavelmente a Europa.

A polícia disse ter encontrado dificuldades para prender o grupo inteiro porque eles seguiam em táxis separados para o aeroporto. Segundo Silva, da Dise, a polícia acredita que alguns integrantes conseguiram sair do país.

A polícia investiga agora a origem da droga e o local onde esses estrangeiros ficaram hospedados no Brasil.

Os 12 foram indiciados sob suspeita de tráfico internacional de drogas.

Fonte: Folha de S. Paulo





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